Texto de Tainá Andrade, mestra em Cinema e Audiovisual (PPGCINE – UFF). Artigo originalmente publicado na Revista Digital de Cinema e Cultura Das Margens em 2021.
A chegada do cinema à cidade do Rio de Janeiro teve influência imensa no local e nos habitantes, o que gerou mudanças no modo de vida e nas construções urbanas, atingindo arquitetura, urbanismo e moda. Pode-se, até mesmo, afirmar como a presença cinematográfica nas ruas do Rio se relacionou à criação de uma identidade carioca. O que resta, hoje, dos cinemas de rua na Cidade Maravilhosa são poucas salas abertas e diversas abandonadas [1]. A princípio, ao pensar nos cinemas de rua no presente, foca-se muito no encerramento das atividades das salas e em um saudosismo entristecido, porém tal acontecimento ocorreu, primordialmente, nas décadas de 70 e 80, o momento é outro. É necessário entender o carioca atual, a busca que ele realiza pela cultura e a heterogeneidade da distribuição cultural.
Se no início da caminhada do cinema no Rio a sétima arte ditava regras, em uma época de novidades na palma das mãos, quem manda são as pessoas. Mas quais pessoas? O debate não é sobre remontar um período que já passou. Fala-se de acesso. Quais são os cariocas que têm direito à cultura, apesar de ela ser um direito de todos? Assim, a Zona Norte do Rio entra em foco como um subúrbio, servindo de exemplo para tantos outros subúrbios participantes da cidade. Primeiro, pois a localidade ao norte do município teve o número de cinemas de rua reduzido em praticamente 100%, fato comprovado no infográfico do O Globo realizado por Matheus Carrera, o qual mostra apenas um cinema na região [2]. Entretanto, a chave de tudo está nos prédios sem uso pelas ruas.
O ideal hegemônico e consumista explica de que forma, apesar de presente por todos os ambientes da cidade desde o surgimento do cinema, a cultura é distribuída heterogeneamente e acaba por invisibilizar determinados espaços. Como antigos cinemas remanescentes no descaso podem ser usados para melhorar o acesso à cultura pelos moradores da Zona Norte? A reabertura, e até a abertura, desses espaços pode criar melhorias não apenas culturais, como financeiras e de segurança? Quanto a ênfase sobre determinadas regiões, as quais costumeiramente não ganham atenção, pode afetar a cidade como um todo?
Após o desaparecimento dos cinemas de rua, não existiu uma verdadeira substituição, na qual os bairros da Zona Norte trocaram o antigo modelo e ganharam outra forma de diversão na nova vaga aberta. Então, localidades em que foram criados os shopping centers, por vezes, não atenderam toda a demanda existente, graças ao preço e à distância. Pior do que isso, muitos outros espaços passaram a não contar com uma atividade cultural certa, tendo de exemplo o bairro de Rocha Miranda — onde já existiram três cinemas e chegou-se a nenhum [*6].
Para combater a falta, projetos são criados pelos próprios moradores suburbanos e articuladores locais da cultura. Existem cineclubes, associações sem fins lucrativos, coletivos e os mais diversos movimentos capazes de mostrar como os cidadãos da Zona Norte querem ter e fazer cultura. Porém, inúmeras vezes, projetos realizados de forma independente são complexos de manter e não chegam a todos que necessitam deles, seja por falta de experiência em divulgação ou por falta de verba.
Entende-se, portanto, que “A permanência desta sala de espetáculos, muito embora desprovida de função, repousa na sua forte carga simbólica no âmbito da localidade” (DIAS, 2014, p. 9) e também que “a maior parte da população roga pela sua reabertura como cinema” (DIAS, 2014, p. 12). Todavia, enquanto Lúcia Dias se atém em explicar a importância do Cine Guaraci como a espacialização cultural de Rocha Miranda, o mesmo ocorre em outros tantos bairros através de diferentes cinemas de rua:
o que temos na contemporaneidade é outro tipo de cinema, voltado para outro tipo
de público e com um tipo de prática ritualística que pouco lembra o hábito do
cinema de décadas anteriores. O cinema voltou a elitizar-se – a exemplo das salas
do início do século XX, que continham camarotes, balcões e divisões por classes
sociais – e se hierarquizou com a ida das salas para os shoppings centers (SOUSA,
2013, p. 54).
Assim sendo, como é possível vencer a nova elitização e hierarquização do cinema? E, melhor, por que fazê-lo?
A queda verificada no número de cinemas é ruim para a indústria no Brasil, pois
estão ficando em menor número os pontos em que os filmes são exibidos ao
público. […] há uma carência importante de cinemas nos bairros, com
predominância das classes C/D/E, exatamente as que, nos últimos anos, têm
apresentado maior crescimento em seu nível de renda. O cinema, quando
transformado em hábito, é consumido perto da residência do espectador. Do
contrário, é um programa eventual, privilegiando praticamente apenas o filme-
evento (BRAGA, 2010, p. 84).
Enfim, se a presença dos cinemas é boa para o mercado tanto quanto para as pessoas, examinam-se casos de cinemas de rua em funcionamento na Zona Norte hoje:
Um exemplo de reabertura é o Imperator, o único cinema reaberto na parceria entre o ex-prefeito Eduardo Paes [*7] e a RioFilme no projeto CineCarioca [3] Foi possível ir até o local conferir como ficou o resultado da reabertura e se, após seis anos, o público continuava aderindo ao ambiente: em uma segunda-feira chuvosa, já chegando na quarta semana de exibição do filme Bohemian Rhapsody, a sala 3 do Imperator estava praticamente lotada, só sobrando lugares na primeira fileira e na de cadeirantes. Através da tela imensa e do som potente, foi inevitável que quanto mais se assistia sobre o Queen, mais as pessoas cantassem, criando-se praticamente um novo show dentro da sala de exibição. Além disso, no mesmo dia, o Centro Cultural João Nogueira também estava realizando um evento de comemoração da Consciência Negra, no qual houve apresentação do grupo Fundo de Quintal.
Dentre tanto movimento, mesmo se tratando do último horário de exibição, foi possível conversar com Maria do Socorro, 62 anos, moradora da região do Méier desde sempre. Ela levantou a importância do espaço:
Morando perto, a gente está sempre aqui pelo Méier. Quando fechou, eu senti falta
de um espaço de cultura num bairro da Zona Norte, que normalmente só é Zona Sul
ou então Centro da cidade, Barra, que também é Zona Oeste… Mas eu gostei muito
quando reinaugurou. Eu acho que revitalizou bastante o bairro e, na verdade, é uma
oportunidade pro morador daqui e adjacências poderem ter esse momento de lazer,
né? Para a gente não ter que se deslocar para outros bairros e poder frequentar aqui
mesmo (Maria do Socorro, 62 anos).
E completou sobre a abertura de outros lugares como o Imperator: “Eu acho que seria muito interessante, daria oportunidade às pessoas de terem um lazer que seja mais leve financeiramente. Mas, ao mesmo tempo, acho que as autoridades não vão investir muito. Está complicado por causa da crise, então talvez essa não seja a prioridade…” (Maria do Socorro, 62 anos).
Enquanto isso, o Ponto Cine é um exemplo de cinema de rua aberto contemporaneamente. Antes da abertura do estabelecimento, como informou Adailton Medeiros ao jornal O Globo na matéria chamada Inaugurado há 10 anos, o Ponto Cine oferece cultura brasileira a Guadalupe [4], o bairro não contava com nenhum incentivo ao acesso cinematográfico desde os anos 70 — “Guadalupe era virgem de cinema, os últimos que existiam aqui foram fechados na década de 1970” [5] ; agora, o lugar tem um multiplex dentro do shopping Jardim Guadalupe e, claro, o Ponto Cine.
O cinema foi aberto em 2006 e passou por alguns altos e baixos, quando fechado, gerou inúmeras respostas e cobranças, as quais serviram para mostrar o interesse das pessoas da região pelo maior acesso à cultura. Corrobora-se, também, com a ideia da existência de um afastamento cultural em determinados espaços, elucidando como ações parecidas com as realizadas em Guadalupe precisam ser repetidas e aprofundadas.
Inclusive, sobre o porquê para tamanho afastamento cultural sofrido pela Zona Norte, a qual acaba por receber somente conteúdos mercadológicos, resta a ponderação do dono do estabelecimento:
Tudo o que vem pra cá, a massa ta aqui, a massa ta no subúrbio. Você tem uma
cidade que tem, aproximadamente, 6 milhões de habitantes e 4 milhões estão nessa
área. Só que são 4 milhões que sustentam uma minoria! Esses 4 milhões… É o
sistema escravocrata, não mudou nada não. Só a forma de bater que muda, por
exemplo, o chicote hoje é o trem e o metrô. Você pegar um trem cheio, um metrô
cheio… Por que você passa por isso? “Ah, porque o sistema de transporte é
deficiente”, não, é muito bem planejado. A mão de obra mais barata da cidade ta
aqui, você vai trabalhar no Centro, ou na Zona Sul, ou na Barra da Tijuca pra ganhar
um salário baixo, quando eu falo salário baixo, a média é 1200, 1600 reais. Imagina
você ganhando 1500 reais, pegar um metrô ou um trem com ar condicionado, tudo
limpinho, clarinho, você vai pensar “po, por que eu ganho 1500 reais?”, você não
pode pensar! Então, você tem que apanhar. Se você não pode pensar, qual é a tática?
“Vamos entupir de coisas que ocupem, mas não provoquem o pensamento” (Adailton
Medeiros, 57 anos, idealizador e realizador do Ponto Cine).
Havendo, de fato, um enorme interesse dos habitantes da Zona Norte por mais acesso à cultura, seja criando ou consumindo-a, averigua-se a invisibilidade da região, o que não significa a descoberta de um fato imutável, mas sim a consolidação de uma matriz para a luta. Diversos bairros suburbanos não apenas prosseguem marcados pelos prédios já existentes neles, como veem nesses estabelecimentos uma corporalidade da esperança. Em vista disso, restam-se questionamentos sobre as motivações para as condições atuais da cultura na Zona Norte e sobre quais são as perspectivas para que esse cenário complexo seja modificado.
Como questionou a historiadora Celeste em entrevista para a autora no dia 01/12/2018, “As pessoas acham natural não ter nada aqui no subúrbio. Como natural? De onde vem essa naturalização pra mais da metade (da população carioca)?”. Por isso é que Adailton Medeiros não naturalizou o problema e, de dentro da região, modificou e modifica o que pode através do Ponto Cine:
A gente oferta o que há de melhor ao público, não só de Guadalupe mas do Rio de
Janeiro. É raro ter uma sala igual a essa no Brasil inteiro, pode ter salas grandes, mas
uma sala que se preocupa com cego e surdo? Difícil, é uma questão humanitária isso.
E aí o que aconteceu? As pessoas foram se apropriando, foram desenvolvendo esse
pertencimento e cuidado com a sala. Nós nunca fizemos uma reforma em uma
poltrona porque cortaram a poltrona, sabe? Foi tudo porque envelheceu mesmo, 12
anos. O público foi se envolvendo tanto com isso, e aqui não tinha comércio, foi
fechando o comércio, e quando nós começamos lá, também, o shopping tinha sido
inaugurado e, logo em seguida, faliu, porque quem comprou as lojas não eram
profissionais do comércio e, como eles não sabiam trabalhar com aquilo,
consequentemente levaram o shopping junto. Quando o Ponto Cine entra e vai
passando o tempo, vai restabelecendo tudo aquilo ali, o pessoal foi ocupando as salas,
as lojas e foi montando esse comércio aqui, asfaltando… Os diretores indo lá, um dia
o Zelito Viana, o pai do Marcos Palmeiras, veio aqui com o Ferreira Gullar mostrar
um filme que eles tinham feito chamado Arte para Todos, aí o Zelito virou e falou
“pensei que eu ia vir num lugar que era um puleirinho com uma tela e, de repente, é
um cinema de verdade!”. Então ele perguntou o que podia fazer para me ajudar. Eu
virei “po, Zelito, o que você pode fazer, é o seguinte: quando você for dar uma
entrevista sobre alguma coisa, fala que em Guadalupe tem um cinema lindo,
bonitinho, digno e é um cinema de verdade, mas falta sinalização, tem muito buraco,
muita sujeira…”. Aí o Zelito falou isso e a primeira vez que ele falou disso, o jornal
O Globo veio logo aqui, daqui a pouco veio uma outra rede de TV e eu reparei que
era essa a parada que eu tinha que pedir pros caras falarem. Todo mundo que vinha
aqui eu pedia isso, daqui a pouco começa “operação tapa buraco”, sinalização, você
viu que tem semáforo, rotatória, e até poda de árvore! Aí, o que acontece? Quando
você vai fazendo isso, as pessoas começam a se preocupar com as fachadas das lojas,
as calçadas de suas casas. Então, provocou uma revitalização local, entendeu? A
gente fala que cultura é um instrumento de transformação social, mas é muito difícil
provar isso subjetivamente, por exemplo, como que o meu projeto contribui pra
melhora da sua vida pessoal? Mas quando você vê uma transformação física, você
consegue mensurar. Toda essa cartografia aqui foi mudada por causa do Ponto Cine,
uma sala de 73 lugares (Adailton Medeiros, 57 anos, idealizador e realizador do
Ponto Cine).
Por meio de entrevistas também se tornou possível expor maneiras através das quais, pessoalmente, vidas poderiam ser modificadas pela presença de arte e cultura. No caso de Roberto Vieira de Andrade, morador de Rocha Miranda de 64 anos, escutou-se em tom sonhador: “Tomara que o bairro volte a ter algum espaço cultural! Eu nunca fui ao teatro, já vi muito na televisão, mas só na televisão, né? Com certeza se tivesse aqui eu iria, pelo menos uma vez eu tenho que ir ao teatro pra ver como que é, sabe?”. Ou seja, desde o século XIX até hoje, a cultura aparece como influência geográfica, social e até individual, porém se mostra ainda mais primordial nas localidades em que está menos presente.
Considerando tamanha importância, as explicações para o motivo do afastamento cultural da Zona Norte sempre giram em torno da frase “falta de política pública”. Enquanto moradores respondem opinativamente, tendo de exemplo a fala “eu acho que eles esbarram muito na política de hoje em dia e o tempo vai passando e ninguém faz nada” (César Rodrigues Silva, 54 anos, morador de Vaz Lobo desde 1970), profissionais do meio afirmam que “falta uma política pública pra esse setor” (Adailton Medeiros, 57 anos, idealizador e realizador do Ponto Cine), inclusive, aprofundando:
em que sentido? Primeiro, resgate histórico. Esses dias eu tava vendo uma cidade na
Suíça que tem um museu a cada um 1km², ela tem 40km², um negócio assim, então,
quando ela não tem um museu físico, ela tem obras expostas, é fantástico! Preservar
a história é essencial. Esses cinemas de rua, eles têm uma história afetiva muito
grande, não é só uma questão comercial, é uma questão que todo cinema que
chegou a fechar, com certeza ele tem um projetor ali antigão, ele tem cartazes, ele
tem uma poltrona… Aquilo ali pode se tornar um mini museu, sabe? (Adailton
Medeiros, 57 anos, idealizador e realizador do Ponto Cine).
Enfim, abrem-se as possibilidades para solucionar o problema de acesso, as quais são diversas, afinal, enquanto Adailton apostou na ideia de se criarem museus, a historiadora Celeste disse sobre o Cine Vaz Lobo:
eu também não sou purista, eu acho que conservando as salas dentro com fins
audiovisuais, se conservasse uma ou duas salas, alguma coisa, por mim
transformava num teatro, ou aquelas salinhas em comércio […] Claro que tudo ali
pra cultura seria melhor, mas a gente também tem que ver qual é a cultura do
entorno, né? E teria que ter, pra segurar, alguma coisa relacionada à questão
educacional (Celeste, historiadora e integrante do Movimento Cine Vaz Lobo).
Portanto, conclui-se como, seja transformando os antigos cinemas de rua em centros de cultura, em escolas de cinema, em galerias comerciais com espaço para atividades culturais, em museus ou, ainda, em outras alternativas, o que todas as entrevistas, estudos e pesquisas de campo demonstraram é uma ambição por reaberturas. Em consequência, as necessárias reaberturas poderiam se inspirar no modelo do Ponto Cine, no modelo do Imperator ou criar ainda um terceiro modelo; o pertinente, finalmente, é que elas aconteçam e marquem a Zona Norte.
Reabrir ou abrir espaços com o foco na cultura é relevante, considerando âmbitos distintos: um bairro inteiro revitalizado. Mais pessoas circulando em horários diversos. Aberturas comerciais no entorno. Geração de empregos até mesmo no espaço a ser inaugurado. Trabalhar essa questão é examinar não somente a cultura, como a manutenção da vida, para além da existência. Contestar a hegemonia e propor uma versão mais acessível da cultura carioca é, fundamentalmente, pensar melhorias para o município como um todo.
Notas:
1 FILGUEIRAS, Mariana. Apesar da promessa da RioFilme, cinemas de rua seguem abandonados. Disponível em http://biblioo.info/cinemas-de-rua-abandonados/ Acessado em 20/05/2020.
2 CARRERA, Matheus. Dez cinemas de rua do Rio que resistem. Disponível em http://infograficos.oglobo.globo.com/rio/os-cinemas-de-rua-do-rio-que-resistem.html Acessado em 20/05/2020.
3 O projeto CineCarioca veio de uma parceria entre a RioFilme e a prefeitura do Rio de Janeiro, ele foi anunciado em 2012, buscava reabrir salas de cinema pela Zona Norte do Rio de Janeiro e, como pode ser percebido em diversas matérias jornalísticas, não obteve os resultados esperados. Segue um exemplo: FILGUEIRAS, Mariana. Apesar da promessa da RioFilme, cinemas de rua seguem abandonados. Disponível em http://biblioo.info/cinemas-de-rua-abandonados/ Acessado em 08/01/2021.
4 MIRANDA, André. Inaugurado há dez anos, o Ponto Cine oferece cultura brasileira a Guadalupe. Disponível em https://oglobo.globo.com/rio/inaugurado-ha-dez-anos-ponto-cine-oferece-cultura-brasileira-guadalupe-19254505 Acessado em 09/04/2018.
5 MIRANDA, André. Inaugurado há dez anos, o Ponto Cine oferece cultura brasileira a Guadalupe. Disponível em https://oglobo.globo.com/rio/inaugurado-ha-dez-anos-ponto-cine-oferece-cultura-brasileira-guadalupe-19254505 Acessado em 09/04/2018
REFERÊNCIAS
BRAGA, Rodrigo Saturnino; BRITZ, Iafa; LUCA, Luiz Gonzaga Assis de. Film business: o negócio do cinema. Rio de Janeiro: Editora Campus-Elsevier, 2010.
CARRERA, Matheus. Dez cinemas de rua do Rio que resistem. Disponível em http://infograficos.oglobo.globo.com/rio/os-cinemas-de-rua-do-rio-que-resistem.html Acessado em 20/05/2020.
DIAS, Lucia Rodrigues de Almeida. Na tela, o cine Guaraci, um artefato transformado em símbolo geográfico no cruzamento dos tempos em Rocha Miranda, Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2014.
FILGUEIRAS, Mariana. Apesar da promessa da RioFilme, cinemas de rua seguem abandonados. Disponível em http://biblioo.info/cinemas-de-rua-abandonados/ Acessado em 20/05/2020.
MIRANDA, André. Inaugurado há dez anos, o Ponto Cine oferece cultura brasileira a Guadalupe. Disponível em https://oglobo.globo.com/rio/inaugurado-ha-dez-anos-ponto-cine-oferece-cultura-brasileira-guadalupe-19254505 Acessado em 20/05/2020.
SOUSA, Márcia Cristina da Silva. Entre achados e perdidos: colecionando memórias dos palácios cinematográficos e da cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: UNIRIO, 2013.
NOTAS DA EDIÇÃO:
*6: Quando este texto foi publicado originalmente, em 2021, Tainá Andrade sabia que haviam existido três cinemas. Contudo, no final da sua pesquisa de mestrado, descobriu que Rocha Miranda já teve 4 salas de cinema.
*7: Quando este texto foi publicado originalmente, em 2021, Eduardo Paes era ex-prefeito. Atualmente, Eduardo Paes está em seu terceiro mandato como prefeito da cidade do Rio de Janeiro.


Imagens de Fabrício Souza, tiradas em 2021. Estas imagens não estão presentes na publicação original do artigo em 2021.
Sobre a autora: Tainá Andrade é mestra em Cinema e Audiovisual pela UFF e bacharela em Comunicação Social – Cinema pela PUC-Rio. Além de autora da dissertação e da monografia, publicou trabalhos e apresentou palestras em periódicos e eventos relacionados à área do Cinema e Audiovisual. Para fomentar o acesso à cultura, Tainá é coordenadora cultural na ONG Terr’Ativa, onde realiza cineclubes no Morro do Fubá. Também roteiriza e dirige projetos pessoais e trabalha como videomaker na Escola Eliezer Max.